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domingo, 24 de março de 2019

A RESPIRAÇÃO COMO RELIGIÃO












"A alma casta respira ar puro até nos lugares mais corrompidos.” 






“Quando um corpo humano respira e traz o ar para dentro dos pulmões, o prana que está dentro do equivalente etérico desse ar é absorvido pelo equivalente etérico do corpo e, desse modo, é transformado nas várias energias utilizadas na vida cotidiana: energia mental, energia emocional e energia física. É evidente que o oxigênio absorvido pelo corpo através dos pulmões desempenha um papel no metabolismo, mas é somente um papel secundário em comparação com a importância da ingestão de prana.” (Do livro “Viver de Luz”, pág 41, autor: Jasmuheen,Ed. Aquariana, 2000)










“Corpo e mente não funcionam de forma unificada. Para isso, a respiração consciente é um elemento importante de ligação. Quando nos concentramos na respiração, estamos unindo o corpo à mente e tornando-os íntegros de novo [...] A respiração consciente é um grande prazer. Se nossa respiração for leve e calma – resultado natural da respiração consciente – a mente e o corpo se tornarão calmos, leves e claros, juntamente com as sensações. Quando você pratica a atenção plena na respiração, a respiração passa a ser a sua mente” (Do livro “A Essência dos Ensinamentos de Buda”, T. N. Hanh,  Rocco, 2001)





“Respirar é vida, a expressão básica e mais fundamental de nossa existência. No judaís­mo, ruah, a respiração, significa o espírito de Deus que instila a criação; no cristianismo, também existe uma ligação profunda entre o Espírito Santo – sem o qual nada poderia ter vida – e a respiração.”  (Do livro “O Pequeno Livro da Meditação”,  Sogyal Rinpoche, B. Seller, 1994, p. 35 e 36)









“O verdadeiro propósito do controle respiratório é estar apto à obtenção do estado mental de abstração dos sentidos, essencial para o exercício da verdadeira concentração. O canto e a oração, quando se tornam exercícios respiratórios, também podem ser formas de pra­nayama, se levarem a mente a um estado totalmente absorto e introspectivo.”  (Do Livro “Em Busca do Eu”, autor: Cláudio Azevedo, Ed. Órion, 2007, pág. 135)



“O yogue que habita na luz se abstém do contato com o mundo dos sentidos, cujo olho espiritual se abriu e cuja respiração sintonizou-se com a respiração corporal.” 
Krishna   (BAGAVAD GITA)





“A respiração é um movimento simbólico que confirma a presença da consciência humana encarnada na matéria do planeta Terra. Com três fases distintas (inspiração, estabilização e expiração), a experiência da vida terrena vai sendo veiculada, conscientemente ou inconscientemente, através deste mecanismo fisiológico. Através da inspiração, o ser humano confirma a sua aspiração pela manutenção da sua presença na experiência material física do planeta, nutrindo os elementos constituintes da sua natureza inferior e assimilando o ambiente a sua volta. Através da expiração, o ser humano promove uma reciclagem sutil de elementos constituintes do seu cam­po de energia e devolve aquilo que não pode assimilar. É na fase respiratória estabilizada (não respiração) que o ser pode acessar os picos mais elevados da sua consciência. As consciências mais elevadas de um ser humano se estabelecem através da não respiração. Quanto mais evolui a consciência de um ser humano, menos ciclos res­piratórios ele apresenta por minuto, mais tempo ele permanece na não respiração, em contato com os seus níveis mais elevados. A freqüência de batimentos cardíacos está diretamente relacionada com o ritmo res­piratório. Um ser de consciência cósmica, por exemplo, é regido por leis de mínimo esforço (economia de energia), onde seu coração e sua respira­ção seguem ritmos anormais, abaixo da média fisiológica padrão para a raça humana terrena [...] Certos ensinamentos cósmicos só podem ser acessados pela consciência humana, se o ser estiver num ritmo respiratório har­mônico. A ‘atenção plena’ pregada no Budismo e a ‘árvore da vida’ cultuada na Cabala só são compreendidas através de uma respiração consciente e harmônica correspondente ao envolvimento do ser com aqueles propósitos, por exemplo.” (Do livro “VIA CORAÇÃO, caminhos da transformação”, págs 171 e 174, Horácio Netho, Ed.Alfabeto, 2011)











“A respiração, por exemplo, que para uma vida comum não é sequer observada como uma prática transcendental, passa a ganhar um valor especial para a consciência de um aspirante espiritual. É que, através da atenção à respiração, o praticante espiritual vai percebendo que a vida vai se tornando cada vez mais consciente. Não por acaso, as práticas afins que tornam as almas humanas mais estáveis, como a meditação e a oração, são sustentadas por ensinamentos que incluem orientações específicas para a respiração. A respiração é uma ação refletida no corpo físico de um ser humano, mas que indica o movimento da consciência holística do ser se redimensionando e se manifestando naquela expressão. A respiração passa a ser, então, a confirmação da existência de um ser consciente dentro de um corpo físico para a Terra. Apenas que este nível de consciência de quem vivencia a respiração é variável, de acordo com o seu estado de atenção sobre a vida. Desta forma, podemos diagnosticar seres humanos que nunca desenvolveram atividades para se conscientizar de suas respirações, assim como podemos reconhecer seres humanos que assumem as suas respirações como práticas evolutivas disciplinadas. Há diversos ensinamentos que apontam a respiração consciente como a ponte que traz à consciência humana a realidade sob a qual ela está experimentando a vida. Sem esta consciência da alquimia que está por trás da sua respiração, uma alma humana terrestre não consegue ter contato por via direta com realidades superiores como regências de raios, signos astrológicos e atemporalidade, por exemplo. Desta forma, uma alma humana deve buscar estudar e compreender sobre os seus próprios ritmos respiratórios, cuidando da saúde do seu sistema cardiorrespiratório, buscando uma purificação para um melhor funcionamento possível do seu 'sistema aéreo'. Sob um ponto de vista mais sutil, pode-se afirmar que é através da crescente conscientização da sua respiração, que uma alma humana terrestre vai assumindo a sua ligação com a Fonte que o projetou aqui, neste planeta Terra. Em outras palavras, a respiração é uma prática pessoal de 'caráter religioso' para aqueles que ainda não se sentem em conexão unificada para com Deus. É também, através de uma respiração consciente que o despertar glandular de certas funções da pineal e da pituitária podem acontecer, ativando centros de energias cerebrais elevadas coligando novas sinapses de vias aferentes e eferentes do sistema nervoso central superior. Estas conexões nervosas ativas e despertas com o auxílio de uma respiração límpida e consciente, suportam uma vibração de energia que põe uma alma humana terrestre em condição de contatar as realidades imateriais das Hierarquias Espirituais. As Hierarquias Espirituais presentes nas dimensões mais sutis só podem se tornar conscientes para um ser humano terrestre, se este ser já estiver com a sua aura (corpo sutil) magnetizada com energias celestiais que são atraídas pela sua respiração consciente em comunhão com outras práticas, como o desenvolvimento das virtudes, por exemplo. Desta forma, a respiração é uma atividade de fundamental importância para o contato e a manutenção da comunicação entre as dimensões mais sutis do Cosmos e as mais densas do planeta Terra, que ocorrem através de um ser humano. Uma busca pelo autoconhecimento profundo traz a um ser humano a possibilidade dele se reconectar com a sua essência divina, se ele se disciplinar ajustando a sua vida para tal. Neste processo prático religioso fora dos ‘templos formais’, mas em contato íntimo com o verdadeiro ‘Templo de Deus’ que é o seu próprio corpo, este ser humano pode reconhecer a sua própria verdade, testemunhá-la e unir-se a Deus por dentro de si. Neste ínterim, a verdadeira religião se estabelece na consciência da sua respiração pessoal.”   (Do livro “COMANDO ESTRELINHA, Temas Transcendentais”, págs 43 a 45, Horácio Netho, Ed.Alfabeto, 2012)






“A inspiração é um processo de qualificar, vitalizar e estimular a reação da personalidade – através dos centros – àquele ponto de tensão em que o controle da alma torna-se presente e aparente. É o modo pelo qual a energia da alma pode inundar a vida da personalidade, pode varrer os centros, expelindo aquilo que obstaculiza, livrando o aspirante de todas as miragens e maya ainda presentes, e aperfeiçoando um instrumento pelo qual a música da alma, e mais tarde, a qualidade musical da Hierarquia podem ser ouvidas.” (Do livro “Miragem: Um Problema Mundial”, pág 269, Mestre D.K.,o Tibetano por Alice Bailey, Fund. Cultural Avatar, 1950)








“Se quisermos que a Terra reencontre o seu equilíbrio, devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade, com mais amor. Para isso, importa termos coragem de ser contra a cultura dominante que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.”  (Leonardo Boff)








“A religião assumida pelo sábio não tem nome nem definição, não tem doutrina estabelecida nem crenças sedimentadas, não tem idolatria nem apologia. Estabelece-se constantemente em sua consciência e renova-se a cada momentum presente, acompanhando o movimento intermitente dos astros e da sua respiração. É um estado de constante fé e entrega à impermanência da Fonte. É autêntica presença espontânea na consciência do Todo [...] A respiração harmônica não é conduzida pelo nariz, mas sincronizada pelo coração [...] Quanto mais elevada é a consciência interna de um ser, menos ele tem necessidade de respirar. Os ciclos de inspiração e expiração se reduzem naturalmente, em resguardo de energia. A respiração é uma expressão simbólica da relação entre as vidas interna e externa do ser. O sábio de mantém primordialmente em contato consciente com o seu ser interno para, a partir daí, relacionar-se com a vida externa e realizar a unificação, situando-se no todo. A evolução deste processo desencadeia uma quietude e pacificação do ser, promovendo uma diminuição natural dos ciclos respiratórios [...] A respiração é uma ação de fundamental importância para o desenvolvimento da consciência  do ser humano. Ritmos diferentes de inspiração e expiração expressam conexões diferentes da consciência humana com as vidas interna e externa de cada ser.  A relação de volume e intensidade respiratória indica parâmetros confiáveis da qualidade de vida de um ser. Desbloqueios energéticos e harmonizações corporais, tanto sutis quanto densas, podem ocorrer através de respirações corretas. Há respirações específicas que facilitam a canalização de energias astrológicas e, neste ínterim, podem-se destinar tais energias conscientemente para alguma área do corpo humano, assim como direcioná-las para algum setor da vida planetária. A respiração consciente é a base na qual se fortalece a atenção adequada sobre a vida, assim como é um sustentáculo primordial para os praticantes de meditação e contemplação. Em verdade, muito pouco ainda é divulgado sobre a ciência oculta, a importância e a profundidade da respiração para a existência da vida humana [...] Respire conscientemente. Feche os olhos. Respire novamente conscientemente. Abra os olhos. Independente de onde você se encontre, este é o seu lar, a sua casa. Assim vive o sábio, conduzindo a sua ‘consciência-lar’ , indiferentemente, a todos os lugares por onde anda [...] Um ser autorrealizado está para a vida ilusória comum, da Terra, assim como que um mergulhador nas profundezas está para o oceano. Ambos permanecem imersos em habitats que não correspondem às suas naturezas, mas se nutrem de uma respiração consciente que sustenta a conexão com as suas realidades originais.”    (Do livro “VIA TERRA, caminhos da luz”, Horácio Netho)








“Aprendemos muitas coisas vindas de fora e nos esquecemos das que vêm de dentro de nós. Se uma pessoa não está satisfeita do ponto de vista interior, nada externo poderá ajudá-la. A respiração é a chave para esse entendimento. Ela nos permite simplesmente ser. Todo dia, a cada momento, ela vem e vai. Mas estamos muito ocupados com a ambição. Perseguindo o sucesso. Tome algum tempo para redefinir o sucesso. Você, eu, todos nós estamos vivos, respirando. Essa é a maior realização, a maior bênção.”  (Prem Rawat – Guru Indiano)











“Para a ciência yogi a respiração, no entanto, é muito mais do que um fato fisiológico. É também psicológico e prânico. Em virtude de fazer parte dos três planos - fisiológico, psíquico e prânico -, a respiração é um dos atos mais importantes de nossa vida. É por seu intermédio que logramos acesso a todos eles. Por outro lado, é ela o único processo fisiológico duplamente voluntário e involuntário. Se quisermos, podemos acelerar, retardar, parar e recomeçar o ritmo respiratório. É nos possível fazê-la mais profunda ou superficial. No entanto, quase todo o tempo, dela nos esquecemos inteiramente, deixando-a por conta da vida vegetativa. Graças a isto, a respiração é também a porta através da qual poderemos um dia, a custa de aprendizado, invadir o reino proibido do sistema vago simpático. É principalmente graças a ela que um yogi avançado consegue manobrar fenômenos fisiológicos até então refratários a qualquer gerência [...] A ciência dos tatwas ensina que na pessoa sadia a respiração se faz mais fortemente por uma narina do que por outra, variando o lado de duas em duas horas. Durante duas horas, a narina direita funciona mais fracamente do que a esquerda para, depois de duas horas, mudar e então é a esquerda que mais trabalha. Não sei se a ciência ocidental já se apercebeu deste fenômeno. Isto implica em saúde e harmonia com o cosmos. As pessoas que sofrem de nariz entupido de um dos lados gozam menos saúde do que os que respiram normalmente. Por isso deveriam aprender a conservar em bom estado funcionando ambas as narinas.” (Professor Hermógenes em: http://www.imagick.org.br/pagmag/pratick/Pranayama.html)





“A diminuição e supressão dos movimentos respiratórios causam uma natural diminuição e supressão dos batimentos cardíacos. O domínio do controle respiratório é o domínio do invólucro vital, a capacidade de retirar conscientemente a energia vital da respiração, como no sono, sem desuni-los da mente consciente. Quando for obtido esse domínio, pode-se retirar a energia vital de qualquer função do corpo à vontade para poder praticar o profundo silêncio, que nos mostrará o nosso EU.” (Do Livro “Em Busca do Eu”, págs 134 e 135, Autor: Cláudio Azevedo, Ed. Órion, 2007)



“O ser humano, saiba ou não disso, deve realmente evoluir para o que se chama um ‘respiratoriano’, absorvendo a luz da força vital universal e dirigindo a energia para suas células, com o propósito do que Milarepa chamava de Samadhi permanente.”  (Do livro “CRÔNICAS da HISTÓRIA CÓSMICA”, pág 106, Vol. I, Autor: José Arguelles)










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